“Já é Natal?
Como assim?!”
Assim
começou um diálogo (seguido por uma expressão de espanto estampada no rosto), que
ouvi, semana passada, em um shopping da cidade.
Pois é, mais
um ano está acabando e para muita gente esse é o período de fechar e abrir um
novo ciclo. No entanto, todos nós estamos abrindo e fechando ciclos o tempo
inteiro. Ou, ao menos, saudável seria se estivéssemos.
Fechar um
ciclo é tão importante quanto iniciar um novo. A vida é feita de movimento,
nada permanece imutável e é necessário que possamos nos apropriar do momento
vivido e sabermos quando estamos prontos para simplesmente colocar um ponto
final e seguir em frente.
Um ponto
final no emprego que não te faz mais feliz, ponto final no relacionamento que
não faz mais sentido na sua vida, ponto final nos conflitos infundados, ponto
final nos gastos supérfluos que te afundam em dívida, etc; e às vezes é o outro
quem nos impõe um ponto final. E aí? Descabelar e desesperar-se ou simplesmente
aceitar?
Começar um
ciclo significa que você pode reorganizar-se, olhar para o seu caminho e
escolher por onde vai, que caminho quer seguir – independente da estrada. E, sim, muitas vezes é necessária uma coragem
enorme para fechar uma porta e tentar abrir a outra, sem saber exatamente o que
tem atrás dela.
Fechar um
ciclo é se permitir sair do confortável – que começou a ficar desconfortável –,
do cômodo, do conhecido; é trocar a poltrona que já tem o formato do seu corpo
por uma nova. É trocar o certo pelo duvidoso.
Lembro de
uma frase, bem clichê, que já li várias vezes por aí: se você ainda não
consegue abrir uma porta, tenta pela brechinha da janela.
Faça o que
for possível para você no momento.
E aí, que
ciclos você fechou esse ano? Quais você
abriu?
Feliz finalzinho de ano e nos vemos em 2014!
Élida Cunha -
Especialista em Psicologia Clínica Humanista Existencial Fenomenológica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário